A franquia Alien surgiu em 1979. Desde então, o universo apresentado naquele filme vem sendo ampliado. O mais interesse é que cada novo capítulo na saga de Ellen Ripley foi dirigido por um cineasta diferente. Primeiro Ridley Scott. Seguido por James Cameron. Depois veio David Fincher. E nesta quarta parte, o francês Jean-Pierre Jeunet, que vinha de dois sucessos carregados de muita ousadia e criatividade: Delicatessen e Ladrão de Sonhos. Com roteiro de Joss Whedon, Alien: A Ressurreição traz de volta Ripley (Sigourney Weaver) 200 anos depois dos eventos do filme anterior. O que parecia realmente impossível. E o próprio filme se encarrega de “brincar” com essa impossibilidade. Mais uma vez temos a tentativa de criação da arma perfeita. E mais uma vez, tudo foge do controle. Ripley termina se envolvendo com um grupo de contrabandistas e se alia a Call (Winona Ryder), que guarda algumas surpresas. Jeunet, assim como aconteceu com Fincher, enfrentou muita pressão por parte da Fox. Isso se reflete no filme, que mesmo assim, funciona bem. A experiência de filmar e estar à frente de uma produção desse porte fez com que Jeunet voltasse para a França e dirigisse algo mais leve e que ele tivesse mais controle: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. De qualquer maneira, com ou sem pressão, a Fox conseguiu fazer de Alien uma franquia das mais originais.
ALIEN: A RESSURREIÇÃO (Alien: Resurrection – EUA 1997). Direção: Jean-Pierre Jeunet. Elenco: Sigourney Weaver, Winona Ryder, Dominique Pinon, Ron Perlman, Gary Dourdan, Michael Wincott, Dan Hedaya, J.E. Freeman e Brad Dourif. Duração: 108 minutos. Distribuição: Fox.
