A vida do lutador de boxe americano Cassius Clay, que após se converter ao islamismo trocou seu nome para Muhammad Ali, sempre foi muito intensa. Entre 1960 e 1981 ele frequentou os ringues e não foi por acaso que era chamado de “o maior”. Recebeu também da revista Sports Illustrated o título de desportista do século. Óbvio que uma vida como esta daria um grande filme. E durante muito tempo, Hollywood tentou, sem sucesso, fazê-lo. Até que o projeto caiu nas mãos do cineasta Michael Mann e logo depois envolveu o ator Will Smith para interpretar o papel título. A história foi criada por Gregory Allen Howard. E, a partir daí, o roteiro foi escrito por Stephen J. Rivele e Christopher Wilkinson e revisado pelo diretor, junto com Eric Roth. A cinebiografia Ali se concentra principalmente nas décadas de 1960 e 1970. Mann mostra a trajetória deste grande lutador e encontra em Smith o ator perfeito para o papel. Em especial, o auge de sua carreira, um breve declínio e a volta por cima, na famosa luta contra George Foreman. É curioso perceber que a obra foge dos estereótipos que são comuns neste tipo de filme. Há uma preocupação em mostrar o homem por trás do boxeador. Smith treinou intensamente para o papel e ganhou bastante massa muscular. Mann escapa do didatismo e seu notório perfeccionismo fazem de Ali um filme sobre boxe que funciona até para aqueles que não gostam do esporte.
ALI (Ali – EUA 2001). Direção: Michael Mann. Elenco: Will Smith, Jamie Foxx, Jon Voight, Mario Van Peebles, Ron Silver, Jeffrey Wright, Mykelti Williamson, Jada Pinkett Smith, Joe Morton, Giancarlo Esposito e LeVar Burton. Duração: 156 minutos. Distribuição: Fox.
Uma resposta
Michael Mann, meus caros… é um filme assinado por Michael Mann.