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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

ÁGUAS PROFUNDAS

O diretor britânico Adrian Lyne, ao longo dos anos 1980 e 1990, realizou filmes que geraram polêmicas e, consequentemente, bons resultados nas bilheterias. Atração Fatal e Proposta Indecente, por exemplo. Após um hiato de duas décadas, Lyne retorna à direção com Águas Profundas e comprovou, mais uma vez, que nunca é salutar para um cineasta ficar tanto tempo sem filmar. Com roteiro de Zach Helm e Sam Levinson, adaptado do livro homônimo da escritora Patricia Highsmith, temos aqui uma obra que não engata as terceira e quarta marchas. Somos apresentados ao casal Vic (Ben Affleck) e Melinda (Ana de Armas). Fica claro desde o início que há algo estranho naquele relacionamento. No entanto, não nos é dado elementos para entendermos a real extensão dos problemas existentes entre os dois. A narrativa e o próprio roteiro, extremamente preguiçosos, deixa pontas soltas à medida que o suposto ciúme de Vic e suas reações violentas, que teriam resultado na morte de um amante de sua esposa, levam a história para um lado e depois, quando o sumiço desse amante e a morte de um outro é aparentemente esclarecida, deixa no ar dúvidas que não levam a trama adiante. No final, o filme deixou em mim a triste sensação de ter perdido quase duas horas da minha vida.

ÁGUAS PROFUNDAS (Deep Water – EUA 2022). Direção: Adrian Lyne. Elenco: Ben Affleck, Ana de Armas, Tracy Letts, Grace Jenkins, Dash Mihok, Rachel Blanchard, Kristen Connolly, Jacob Elordi e Lil Rel Howery. Duração: 115 minutos. Distribuição: Amazon Prime.

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