O cineasta austríaco naturalizado americano Fred Zinnemann queria tocar violino. Depois, estudou Direito e não concluiu o curso por causa do Cinema, que entrou em sua vida. Seu envolvimento com a Sétima Arte teve início em 1930, ainda em Viena. Em 1936 ele se mudou para os Estados Unidos e foi trabalhar em Hollywood. Diretor habilidoso e versátil, transitou por vários gêneros, em especial, o drama, que era seu forte. A Um Passo da Eternidade, de 1953, é um de seus filmes mais conhecidos. O roteiro de Daniel Taradash se baseia no romance de James Jones e conta uma história que se passa em um campo do exército americano no Havaí. Estamos em 1941, às vésperas do ataque a Pearl Harbor, na Segunda Guerra Mundial. Parece ser um filme de guerra, mas, é também uma história de amor e um profundo estudo de personagem. Muitos personagens. Os destaques ficam com dois casais: o sargento Warden (Burt Lancaster), que se envolve com Karen (Deborah Kerr), mulher do comandante da base; e o soldado Prewitt (Montgomery Cliff), que se apaixona por Alma (Donna Reed). Quando se tem um roteiro bem escrito, excelentes atores em cena e um diretor inspirado, é difícil errar. A Um Passo da Eternidade, além de todas estas qualidades, ainda nos brinda com o beijo mais famoso da História do Cinema. Só isso já vale a conferida. O filme foi indicado a treze prêmios Oscar e ganhou oito: montagem, som, fotografia, roteiro adaptado, atriz coadjuvante (Donna Reed), ator coadjuvante (Frank Sinatra), diretor e filme.
A UM PASSO DA ETERNIDADE (From Here to Eternity – EUA 1953). Direção: Fred Zinnemann. Elenco: Burt Lancaster, Montgomery Clift, Deborah Kerr, Frank Sinatra, Donna Reed, Ernest Borgnine, Philip Ober, Mickey Shaughnessy, Jack Warden, Claude Akins e George Reeves. Duração: 118 minutos. Distribuição: Columbia.
Uma resposta
…e que beijo!