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A TEIA

Estreia na direção do roteirista Adam Cooper, A Teia teve seu roteiro escrito por Cooper junto com Bill Collage, a partir da obra O Livro dos Espelhos, de autoria de E.O. Chirovici. O começo lembra um pouco o de Amnésia, de Christopher Nolan, quando vemos Roy Freeman (Russell Crowe) acordando com a cabeça enfaixada e lendo uma série de avisos e lembretes escritos no seu quarto. Logo em seguida descobrimos que ele sofre de Alzheimer e que foi submetido a uma cirurgia experimental que poderá curá-lo. Para tanto, precisa exercitar a mente e isso surge na forma de uma investigação relacionada a um crime ocorrido no passado, quando ele era detetive da polícia. O título nacional resume bem o que vemos a partir daí pelos olhos de Roy. Temos aqui um emaranhado de situações e personagens que vão aparecendo e são filtrados pela mente nem sempre tão lúcida do ex-detetive. Isso se revela interessante, uma vez que vamos montando esse quebra-cabeças com ele. O diretor consegue manter nosso interesse e até imprime uma narrativa de evidente inspiração no filme noir, tão comum nos anos 1940, o que dá um certo charme ao filme, apesar da falta de verossimilhança em alguns momentos. E Crowe, mesmo atuando no piloto automático, convence plenamente no papel de um homem em busca de suas memórias perdidas.

A TEIA (Sleeping Dogs – EUA/Austrália 2024). Direção: Adam Cooper. Elenco: Russell Crowe, Karen Gillan, Marton Csokas, Tommy Flanagan, Thomas M. Wright, Harry Greenwood, Pacharo Mzembe, Lynn Gilmartin e Kelly Greyson. Duração: 110 minutos. Distribuição: Imagem Filmes.

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