Filho mais novo de um casal de artistas itinerantes, o americano Vincente Minnelli começou ainda menino seu envolvimento com o teatro. Mais tarde, trabalhou como figurinista e diretor de musicais na Broadway, até ser contratado pela Metro Goldwyn Mayer. Considerado o “pai dos musicais” hollywoodianos, dirigiu em 1953 A Roda da Fortuna, que muitos estudiosos apontam como o último grande musical da fase áurea do gênero. Escrito por Betty Comden e Adolph Green, o filme apresenta Tony Hunter (Fred Astaire), um veterano do teatro e do cinema que acredita que sua carreira está chegando ao fim. Dois amigos seus, Lily (Nanette Fabray) e Lester (Oscar Levant), com a intenção de ajudá-lo, escrevem uma peça para ele. Tudo parecia perfeito, até que começam a surgir problemas entre Tony e sua colega de palco, Gabrielle (Cyd Charisse, a grande estrela do filme). Minnelli, como de costume, realiza um belíssimo trabalho, daqueles que nos envolvem sem muito compromisso. O que, nesse caso, não é demérito algum. Às vezes, precisamos assistir a um filme pelo simples prazer que ele proporciona durante as duas horas de duração. Não é fácil fazer filmes assim. Minnelli sabia como e acertava na maioria de vezes.
A RODA DA FORTUNA (The Band Wagon – EUA 1953). Direção: Vincente Minnelli. Elenco: Fred Astaire, Cyd Charisse, Oscar Levant, Nanette Fabray, Jack Buchanan James Mitchell. Duração: 112 minutos. Distribuição: Warner.
Uma resposta
Fred é um prazer revê-lo. Sempre.