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A NOIVA ESTAVA DE PRETO

François Truffaut nunca escondeu sua admiração por Hitchcock. Antes mesmo de escrever sobre cinema na revista Cahiers du Cinéma, a paixão pelos filmes do mestre do suspense já existia. Quando Truffaut iniciou carreira como cineasta, era só uma questão de tempo de ele seguir os passos de Hitch e homenageá-lo. Isso aconteceu em 1968, com A Noiva Estava de Preto. O roteiro tem por base o livro de mesmo nome escrito por Cornell Woorich, também autor do conto que deu origem ao filme Janela Indiscreta, de 1954, um dos maiores clássicos de Hitchcock. A adaptação foi feita pelo próprio diretor, junto com Jean-Louis Richard. Acompanhamos aqui a história de uma mulher, Julie Kohler (Jeanne Moreau), que fica viúva no dia do casamento. Ela jura vingança e, diferente da Noiva vivida por Uma Thurman em Kill Bill, que Quentin Tarantino dirigiu em 2003, Julie não tem habilidade com armas ou formas de luta. Truffaut é um artista habilidoso e, como o título de um filme futuro seu já anunciaria, ela era um “homem que amava as mulheres”. A personagem principal é bem trabalhada. O diretor-roteirista nos permite conhecer detalhes da vida de Julie antes da tragédia. Isso a torna mais humana e crível. A Noiva Estava de Preto comprova que Truffaut aprendeu muito bem as lições de seu mestre maior e realizou um suspense de primeira.   

A NOIVA ESTAVA DE PRETO (La Mariée Etait en Noir – França 1967). Direção: François Truffaut. Elenco: Jeanne Moreau, Claude Rich, Jean-Claude Brialy, Michel Bouquet, Michel Lonsdale e Charles Denner. Duração: 108 minutos. Distribuição: Versátil.

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