Alguns filmes são clássicos. Outros são fundamentais. A Caixa de Pandora, dirigido em 1929 pelo alemão Georg Wilhelm Pabst, mais conhecido como G.W. Pabst, consegue ser clássico e fundamental. Baseado em duas peças de Frank Wedekind, o roteiro foi adaptado por Ladislaus Vajda e depois lapidado pelo próprio diretor. Além de um dos grandes mestres do cinema mudo, Pabst era um grande descobridor de estrelas. Antes, ele havia revelado Greta Garbo e Marlene Dietrich. Aqui, ele nos apresenta a bela e talentosa Louise Brooks. Não é exagero afirmar que A Caixa de Pandora seria outro filme sem ela. Aliás, diz a lenda que Dietrich estava no escritório de Pabst, pronta para assinar contrato, quando o diretor recebeu uma ligação com a liberação de Brooks para o papel de Lulu. Cheia de mistérios e sensualidade, ela é amante de um rico editor de jornal, com quem termina se casando. Isso provoca grandes e trágicas mudanças em sua vida. Com forte influência da escola expressionista, a fotografia de Günther Krampf faz deste filme um espetáculo visual arrebatador. Pabst cria uma atmosfera hipnótica e envolvente, do tipo que não nos permite desviar o olhar um segundo sequer. Não por acaso, um dos grandes marcos da História do Cinema.
A CAIXA DE PANDORA (Die Büsche der Pandora – Alemanha 1929). Direção: G.W. Pabst. Elenco: Louise Brooks, Fritz Kortner, Franz Lederer, Carl Goetz e Alice Roberts. Duração: 105 minutos. Distribuição: Magnus Opus.
Uma resposta
Vamos, meu povo, o que estão esperando? OBRIGATÓRIO.