A história contada em A Mulher Rei, por mais ficcional que pareça, se inspira em fatos. A atriz Viola Davis tomou conhecimento dela através da amiga, também atriz, Maria Bello, que lhe contou sobre o exército de mulheres guerreiras, as Agojie, do Reino de Daomé, na África. A ideia a agradou bastante e quase dez anos depois temos o longa A Mulher Rei, dirigido por Gina Prince-Bythewood, com roteiro escrito por Dana Stevens. A ação se passa no século XIX. Somos apresentados à comandante Nanisca (Davis), que lidera suas combatentes contra os colonizadores franceses ou qualquer outra tribo ou invasor que tente escravizar seu povo. Há uma palavra que reforça a importância de filmes como este: representatividade. Desde Pantera Negra, da Marvel, dirigido por Ryan Coogler e lançado em 2018, nenhuma outra obra cinematográfica abraçou tão fortemente essa causa como A Mulher Rei. Não apenas na questão racial, mas, principalmente, na defesa da força feminina. Viola Davis, mais conhecida por seus papéis dramáticos, tem aqui uma faceta bem diferente e que explora bastante sua fisicalidade. Como esperado, não decepciona. Seu desempenho é, para dizer o mínimo, intenso. Assim como o filme, que apresenta uma complexa, porém, harmoniosa mistura de ação com personagens bem construídas, estejam elas do lado bom ou mau da história.
A MULHER REI (The Woman King – EUA/Canadá 2022). Direção: Gina Prince-Bythewood. Elenco: Viola Davis, Thuso Mbedu, Lashana Lynch, Shiela Atim, John Boyega, Hero Fiennes Tiffin, Jimmy Odukoya, Masali Baduza, Jayme Lawson e Adrienne Warren. Duração: 135 minutos. Distribuição: Sony.