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A JAULA

Refilmagem do longa argentino 4×4, dirigido em 2019 por Mariano Cohn, a partir de um roteiro escrito por ele junto com Gastón Duprat, o filme A Jaula, marca a estreia na direção de um filme ficção do documentarista paulista João Wainer. A adaptação ficou por conta de João Cândido Zacharias e a situação que temos aqui é semelhante à do original dos hermanos. Somos apresentados a Djalma (Chay Suede), um ladrão de carros que fica preso dentro do automóvel de um rico médico, vivido por Alexandre Nero. O veículo é, na verdade, uma armadilha e Djalma acaba preso em seu interior, sem água, sem comida e sem chance de escapar. Tem início aí um jogo psicológico onde, depois de algum tempo, não se sabe mais quem é o “mocinho” e quem é o “bandido”. Há também, a partir daí, questões sociopolíticas que são trazidas à tona. Na maior parte do tempo, elas funcionam. Em algumas fica panfletário demais. Fora isso, existem falhas bobas no roteiro que acabaram por me tirar do filme. Mas não posso deixar de destacar o desempenho de Chay Suede, que aparece sozinho em quase todo o tempo de duração e “segura” o Djalma naquela situação inusitada muito bem. No mais, A Jaula é um suspense carregado de tensão e um bom exemplo de que o Brasil pode (e deveria) investir mais em filmes de gênero.

A JAULA (Brasil 2022). Direção: João Wainer. Elenco: Chay Suede, Alexandre Neto e Mariana Lima. Duração: 83 minutos. Distribuição: Star/Walt Disney.

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