Raoul Walsh faz parte do primeiro time de grandes diretores americanos. Ele, que começou trabalhando com D. W. Griffith no polêmico O Nascimento de Uma Nação, de 1915. Neste filme, Walsh desempenhou três funções: assistente de direção, montador e ator (no papel do assassino de Lincoln). Ao longo de 50 anos de carreira, ele dirigiu mais de 130 filmes. Um dos mais importantes foi A Grande Jornada, de 1930. Não só na filmografia do diretor, mas, também, para a História do Cinema. O roteiro, de Hal G. Evarts, conta a história de um jovem guia, Breck Coleman (John Wayne), responsável pela condução de milhares de colonos que querem desbravar o oeste americano. Os perigos são muitos e, ainda assim, há espaço para o romance. Breck se apaixona por Ruth Cameron (Marguerite Churchill), uma bela pioneira. E, claro, não poderia faltar um vilão, que responde pelo nome de Red Flack (Tyrone Power). A Grande Jornada foi o primeiro faroeste sonoro e também o primeiro rodado em 70 mm. Ele foi o único a utilizar, na época, um processo novo de filmagem chamado de “Grandeur” (grandioso), um precursor do “widescreen”, que só viria a ser desenvolvido 25 anos depois. Além desses desafios técnicos, o filme lançou um ator que se tornaria uma das maiores lendas do cinema mundial: Marion Robert Morrison, mais conhecido como John Wayne. Precisa mais para convencê-lo da importância desse filme?