Baseado na peça teatral de João Falcão, A Dona da História foi adaptada para cinema com roteiro do próprio autor, em parceria com o diretor Daniel Filho e João Emanuel Carneiro. A trama pode ser colocada na categoria “e se…”. Carolina (Marieta Severo) está passando por um momento de crises: no seu casamento com Luiz Cláudio (Antônio Fagundes), com a casa vazia sem os filhos e com sua própria idade. Ela começa a questionar as opções que tomou quando era jovem e passa a discutir isso tudo com ela mesma aos 18 anos (Débora Falabella). Ela tem a chance de reavaliar sua vida e rever sua própria história. São questões que, mais cedo ou mais tarde, todos nós enfrentamos em nossas vidas. O recurso da trama de confrontar a mesma personagem em duas idades diferentes é a grande sacada da história. Apesar de sua origem teatral, o filme tem uma dinâmica verdadeiramente cinematográfica. Daniel Filho soube manter a essência da peça e criar situações adicionais que deram mais movimento à transposição para cinema. Os dois casais principais de atores que interpretam Carolina e Luiz Cláudio aos 18 e aos 55 anos estão perfeitos em cena. A Dona da História é uma trama leve, divertida, bem contada e que apresenta alguns pontos de reflexão. Em tempo: no teatro, Carolina foi vivida também por Marieta Severo e sua versão mais jovem pela atriz Andréa Beltrão.