Produção e direção espanhola. Elenco principal argentino. Locações e texto original chilenos. A Dançarina e o Ladrão é um ótimo exemplo de globalização cinematográfica. Dirigido por Fernando Trueba, mais conhecido pelo filme Sedução, que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1994. Aqui, ele parte de um roteiro escrito por seu filho, Jonás Trueba, baseado no livro de Antonio Skármeta. Acompanhamos uma história que se passa no Chile, logo após a volta da democracia ao país. O governo decreta anistia geral a todos os presos que não tenham cometido crimes de morte. Entre os prisioneiros libertados, Ángel (Abel Ayala) e Vergara Grey (Ricardo Darín). O primeiro planeja se vingar dos militares. O outro, quer recuperar a família e sonha com uma nova vida. Como nem sempre as coisas acontecem como planejado, no caminho dos dois aparece Victoria (Miranda Bodenhofer) e tudo muda. A Dançarina e o Ladrão é aquele tipo de filme que agrega uma série de elementos e situações que nas mãos de um diretor menos talentoso poderia resultar em um filme completamente sem foco. Não é o que acontece aqui. Muito pelo contrário. Trueba consegue lidar com diversos temas simultaneamente e nos conduz por uma trama que se perde um pouco no final, mas, mesmo assim, é envolvente pelo que apresenta na maior parte de sua duração.
A DANÇARINA E O LADRÃO (El Baile de la Victoria – Espanha 2009). Direção: Fernando Trueba. Elenco: Ricardo Darín, Abel Ayala, Miranda Bodenhofer, Ariadna Gil, Julio Jung, Mario Guerra, Marcia Haydée, Luis Dubó, Mariana Loyola e Catalina Saavedra . Duração: 127 minutos. Distribuição: Paris Filmes.