O italiano Dino Risi já havia contado esta história em 1974, com Vittorio Gassman no papel que deu o primeiro Oscar de atuação para Al Pacino. Esta refilmagem de Perfume de Mulher, feita em 1992 pelo americano Martin Brest, não foge muito do filme original. Pelo menos na premissa. Acompanhamos um ex-coronel do exército, Frank Slade (Pacino). Cego, ele contrata Charlie Simms (Chris O’Donnell), um jovem estudante para acompanhá-lo em um final de semana em Nova York, durante o feriado de Ação de Graças. Frank tem tudo planejado. E seu estilo arrogante e desbocado nos faz acreditar que ele levará seu plano até o fim. Ao mesmo tempo em que Frank põe em prática seu plano, Charlie enfrenta um dilema moral em sua escola. Dilema este que culmina em uma eloquente sequencia de julgamento. Perfume de Mulher nos traz Al Pacino em um grande desempenho e de quebra ainda os brinda com uma bela cena de dança de tango, ao som de Por Una Cabeza, de Carlos Gardel. Além disso, alguns valores importantes são apresentados e discutidos de maneira bem direta. O que provoca uma boa reflexão no espectador.
PERFUME DE MULHER (Scent of a Woman – EUA 1992). Direção: Martin Brest. Elenco: Al Pacino, Chris O’Donnell, James Rebhorn, Gabrielle Anwar, Philip Seymour Hoffman, Bradley Whitford, Nicholas Sadler e Frances Conroy. Duração: 156 minutos. Distribuição: Universal.
