Em 1982 o filme Tron: Uma Odisseia Eletrônica nos revelou não apenas uma nova tecnologia, mas principalmente um novo mundo repleto de possibilidades. A produção teve um alto custo para a época, cerca de 17 milhões de dólares, e um faturamento bem abaixo do esperado, de apenas 33 milhões. 28 anos depois tivemos a primeira tentativa de revitalizar uma franquia que tinha tudo para ter dado certo. Veio então Tron: O Legado. O resultado nas bilheterias foi satisfatório. O investimento de 170 milhões gerou uma receita de 400 milhões de dólares. Outros 15 anos após o segundo filme temos este terceiro, Tron: Ares, de 2025, com direção do norueguês Joachim Ronning, a partir de um roteiro de Jesse Wigutow. Temos agora uma trilogia e ouso dizer que este novo filme, apesar da primeira meia hora truncada, é o melhor dos três. Novos personagens são apresentados e conexões interessantes são feitas com os dois anteriores, em especial, com a obra original. É mostrada a disputa entre duas grandes empresas de tecnologia: a Encom e a Dillinger. A primeira é comandada por Eve Kim (Greta Lee) e a outra por Julian Dillinger (Evan Peters). Ambos buscam descobrir a fórmula para tornar real e de forma permanente as criaturas e objetos trazidos do mundo virtual. No meio dessa disputa surge a figura de Ares (Jared Leto), um ser artificial altamente desenvolvido criado dentro do programa da Grade. Tron 3 é visualmente deslumbrante e tem, a exemplo do 1 e do 2, uma ótima trilha sonora, desta vez composta pelo Nine Inch Nails. O elenco segura bem a atuação, mesmo com alguns deslizes do roteiro, e o filme ainda faz uma bela homenagem ao Tron original. Se teremos novas sequências, ainda é cedo afirmar, dependerá da bilheteria. Mas a cena pós-créditos deixa um belo gancho para outras aventuras.
TRON: ARES (EUA 2025). Direção: Joachim Ronning. Elenco: Jared Leto, Greta Lee, Evan Peters, Gillian Anderson, Jodie Turner-Smith, Arturo Castro, Hasan Minhaj, Sarah Desjardins e Jeff Bridges. Duração: 119 minutos. Distribuição: Walt Disney Pictures.
