Durante muitos anos o cinema de ficção-cientifica foi considerado um subgênero. Foi somente a partir do lançamento de 2001: Uma Odisseia no Espaço, dirigido em 1968 por Stanley Kubrick, que o gênero ganhou respeito e o status de arte. Com um roteiro ambicioso escrito a partir do livro de Arthur C. Clarke, acompanhamos aqui uma saga que resume cerca de quatro milhões de anos de nossa história em uma das mais belas e simbólicas elipses da história do cinema. Na trama, estamos no inicio do século XXI e uma equipe de astronautas a bordo da nave Discovery viaja até Júpiter para investigar um enigmático monólito que pode conter dados importantes sobre o destino da humanidade. Apesar do elenco “humano”, quem rouba a cena é o computador HAL. Kubrick teve consultoria de técnicos da NASA e utilizou efeitos especiais que causaram um impacto arrebatador nas plateia do mundo inteiro. Em muitos momentos parece até que estamos assistindo a um balé espacial, principalmente pelo uso que Kubrick faz de temas clássicos. Se não fosse 2001, filmes com Star Wars , para citar apenas um exemplo, jamais teriam sido produzidos. Simplesmente obrigatório.