Foi preciso que um brasileiro radicado nos Estados Unidos se transformasse no diretor sul-americano mais bem sucedido em Hollywood para realizar um filme de animação que mostrasse nosso país de uma maneira tão bonita e apaixonante. Carlos Saldanha foi estudar fora e em pouco tempo se tornou uma referência em desenhos feitos por computador. Ele também é sócio do estúdio Blue Sky, maior rival da Pixar. Sua criação, o Scrat, apresentado em um curta-metragem, terminou dando origem à franquia A Era do Gelo. No desenho Rio, a personagem Blu, uma arara macho, de cor azul, é retirado ainda bebê de uma mata no Rio de Janeiro e vai parar em um estado frio dos Estados Unidos. Último macho de sua espécie, ele é encontrado por um especialista em aves que quer salvá-lo da extinção. Só que para isso, eles terão que viajar para a cidade maravilhosa, onde ele conhece Jade, uma fêmea igual a ele. Nem é preciso dizer que tudo dá errado. Rio tem um ritmo vertiginoso e mostra a capital carioca linda, colorida, divertida e cheia de suingue. Mostra também as dificuldades que muitos moradores enfrentam. Principalmente, as crianças abandonadas, representadas pelo menino Rafael. Saldanha realiza uma animação de enorme beleza plástica e rica em texturas das mais diversas. Um filme que exala paixão, carinho e amor por um país em geral, e por uma cidade em particular. Um desenho que exprime magnificamente a vida pulsante de uma cidade maravilhosa, cheia de encantos mil e coração do nosso Brasil.
RIO (Rio – EUA 2011). Direção: Carlos Saldanha. Animação. Duração: 95 minutos. Distribuição: Fox.
Uma resposta
Rio é um dos filmes mais lindos dos últimos tempos. Uma das faces da moeda desta cidade maravilhosa [a outra poderia ser o Tropa2!]. Faz bem a saúde saber disso: temos o melhor e o pior do mundo, entretanto, muito bem representados no cinema recente. Rio é absolutamente necessário.