Muitos criticam o cineasta alemão Wolfgang Petersen por não ser dono de uma obra, digamos, mais autoral. O Barco: Inferno no Mar é um filme de autor até a medula. Com roteiro escrito pelo próprio diretor, a partir do livro de Lothar G. Buchheim, O Barco conta uma história de heroísmo. O ano é 1942. Segunda Guerra Mundial. O submarino alemão U-96 parte da França ocupada pelos nazistas para mais uma missão no Atlântico. No comando, o Capitão Tenente Henrich Lehmann-Willenbrock (Jürgen Prochnow). A tripulação é composta por jovens com pouquíssima experiência. E a aventura mal começou. Ao longo dos dias, a euforia do início da viagem é substituída pela fadiga. A claustrofobia também aumenta consideravelmente. E esses sentimentos confusos que passam a dominar a tripulação nos atinge por completo. Petersen faz aqui um trabalho de artesão. As personagens são apresentadas de maneira exemplar. A situação é bem definida e o espaço físico, ou seja, o interior do submarino, é explorado os seus corredores, cantos e compartimentos. Lançado nos cinemas com duração reduzida, a versão disponível em DVD tem mais de uma hora adicional e revela em sua totalidade este que é considerado um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos.