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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

O ÚLTIMO MAGNATA

Elia Kazan, cineasta turco de ascendência grega radicado nos Estados Unidos, desperta sempre amor e ódio quando seu nome é mencionado. Amor por seu trabalho de valor inquiestionável e pelas carreiras que lançou. Ódio por conta do episódio no período do Macartismo, onde dedurou alguns colegas de profissão. Estes sentimentos antagônicos foram expressados na cerimônia do Oscar de 1999, quando ele recebeu um prêmio honorário pelo conjunto de sua obra. Metade dos presentes o aplaudiu de pé. A outra metade, indignada, ficou sentada. O Último Magnata, de 1976, foi o último filme que ele dirigiu. O roteiro de Harold Pinter é uma adaptação do último e inacabado romance de F. Scott Fitzgerald, The Love of the Last Tycoon. Tudo gira em torno do poderoso produtor hollywoodiano Monroe Stahr (Robert De Niro), que por sua vez, é inspirado na figura do lendário Irving Thalberg. É interessante observar que Kazan contou no elenco de O Último Magnata com grandes astros da velha Hollywood, como Tony Curtis, Ray Milland, Robert Mitchum, John Carradine e Dana Andrews. E também com nomes em ascensão da nova Hollywood, como Robert De Niro, Jack Nicholson, Theresa Russell e Anjelica Huston. A abordagem é diferente da mostrada em outras produções similares, que destacam o glamour da “cidade dos sonhos”. Kazan toma aqui um caminho completamente oposto. Não há “máscaras” escondendo a verdade. Elas são tiradas e nos é revelado como a estrutura funciona.    

O ÚLTIMO MAGNATA (The Last Tycoon – EUA 1976). Direção: Elia Kazan. Elenco: Robert De Niro, Jack Nicholson, Robert Mitchum, Tony Curtis, Jeanne Moreau, Donald Pleasence, Ray Milland, Peter Strauss, Dana Andrews, Theresa Russell, John Carradine, Jeff Corey e Anjelica Huston  Duração: 123 minutos. Distribuição: Lume. 

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Uma resposta

  1. Existem zilhões de motivos para assistir O Último Magnata. Todavia, o melhor e mais acertado é dizer que trata-se de uma história muito bem contada. Independente da aversão ao cidadão Elia Kazan, o Elia cineasta é um Mestre. E como diz o Marden, “e isso não é pouco”.

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