Antes de tudo veio o livro infantil O Maravilhoso Mágico de Oz, escrito por L. Frank Baum, ilustrado por W.W. Denslow e publicado em maio de 1900. Quase quatro décadas depois, em 1939, tivemos a superprodução da MGM O Mágico de Oz, dirigida por Victor Fleming. Mais de 60 anos depois, em 1995, Gregory Maguire escreveu o romance Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West que inspirou Winnie Holzman e Stephen Schwartz a transformar aquela história de origem em um musical da Broadway, que estreou em junho de 2003. Agora, pouco mais de duas décadas depois, temos Wicked, versão cinematográfica do espetáculo teatral sob a direção de Jon M. Chu. O roteiro do filme, de Dana Fox, nos apresenta Elphaba (Cynthia Erivo) e Glinda (Ariana Grande) antes de elas se tornarem, respectivamente, na Bruxa Má e Bruxa Boa. Ambas estudavam na Universidade de Shiz, onde dividiram a acomodação e viraram amigas. Mas há diferenças gritantes entre elas. Glinda almeja poder e popularidade. Elphaba, que sofre um forte preconceito desde que nasceu por ter a pele verde, luta para ser aceita como é e defende um código ético próprio que não há como ser taxado de errado. Wicked, o filme, foi dividido em duas partes (a segunda está prevista para o final de 2025). Mas apesar dessa divisão, a parte um conclui o arco que é apresentado e estabelece o terreno para a conclusão que, pelo que vemos aqui, será épica. Há um cuidado extremado com a direção de arte, os figurinos e as canções, que são, como convém nos bons musicais, grudentas. Cynthia Erivo e Ariana Grande convencem em seus papéis e o elenco de apoio, que tem como destaque Michelle Yeoh e Jeff Goldblum, enriquece a beleza do show.
WICKED (EUA 2024). Direção: Jon M. Chu. Elenco: Ariana Grande, Cynthia Erivo, Jonathan Bailey, Ethan Slater, Bowen Yang, Marissa Bode, Michelle Yeoh e Jeff Goldblum. Duração: 161 minutos. Distribuição: Universal.