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VIOLETTE

Os filmes sempre nos ensinam alguma coisa. Filmes sobre escritores, então. Em especial, aqueles que tratam do processo de criação literária. Estes são raros e, na maioria das vezes, funcionam como verdadeiras aulas. É o caso de Violette, dirigido pelo ator, roteirista e diretor francês Martin Provost. O roteiro, escrito por ele próprio, junto com Marc Abdelnour e René de Ceccatty, tem por base uma história real. Acompanhamos Violette Leduc (Emmanuelle Devos), que nasceu no início do século 20 de uma relação não oficial e cresceu pobre e sem afeto. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, ela conhece a escritora  Simone de Beauvoir (Sandrine Kiberlain). O filme se concentra na forte relação que se estabelece entre elas e no desejo de Violette de se tornar uma mulher livre através da escrita. Provost não procura “reinventar o roda”. Ele sabe que tem um material forte o suficiente e não carrega nas tintas além do necessário. Sabe também que um elenco bem escalado é fundamental para qualquer filme. E Devos, em particular, é um achado. Violette não é um filme de rápida assimilação. É daquele tipo que acaba e continua com a gente. Ele consegue dialogar em diversos níveis. Fala do ato de escrever às lutas feministas que marcaram o período pós-guerra. E lida ainda com questões complexas como aceitação, liberdade e sexualidade. E melhor, sem nunca parecer didático.

VIOLETTE (Violette – França 2013). Direção: Martin Provost. Elenco: Emmanuelle Devos, Sandrine Kiberlain, Olivier Gourmet, Catherine Hiegel e Stanley Weber. Duração: 139 minutos. Distribuição: Imovision. 

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