Os filmes de espionagem “sofreram” muito com o fim da Guerra Fria entre Estados Unidos e a antiga União Soviética. Desde então, pouco tem sido feito neste gênero. Felizmente, alguns roteiristas continuam criando histórias que envolvem agentes secretos em missões mais secretas ainda. Algumas nem funcionam muito bem. Outras, como é o caso deste Jogo de Espiões, faz jus ao gênero. Dirigido por Tony Scott, a partir de um roteiro de Michael Frost Beckner e David Arata, o filme consegue fugir do lugar comum. Tudo começa quando o veterano agente da CIA, Nathan Muir (Robert Redford), perto de se aposentar, é informado que seu antigo pupilo, Tom Bishop (Brad Pitt), foi capturado na China. Para complicar a situação, a CIA decide não se envolver. Entra em cena a habilidade de Muir em fazer uso de sua experiência para ajudar o amigo. O mais interessante em Jogo de Espiões é justamente o tabuleiro que é montado para a execução do “jogo”. Scott, um diretor habilidoso neste tipo de filme, tira proveito do bom elenco que tem e das reviravoltas do roteiro. O resultado final é uma trama tensa e envolvente, daquelas que nos faz roer as unhas.

JOGO DE ESPIÕES (Spy Game – EUA/Inglaterra 2001). Direção: Tony Scott. Elenco: Robert Redford, Brad Pitt, Catherine McCormack, Stephen Dillane, Larry Bryggman e Marianne Jean-Baptiste. Duração: 126 minutos. Distribuição: Europa Filmes.