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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

VIDAS AMARGAS

Elia Kazan já era um cineasta estabelecido, dono de uma filmografia vigorosa. James Dean tinha feito alguns trabalhos na televisão e iniciava carreira no cinema. Vidas Amargas é o primeiro dos três únicos filmes que ele estrelou em sua breve vida. Baseado no romance de John Steinbeck, adaptado pelo roteirista Paul Osborn, que utilizou apenas uma parte do volumoso livro de quase 700 páginas. O filme conta a história de Cal Trask (Dean), um jovem desajustado que disputa com o irmão, Aron (Richard Davalos), o afeto de seu rigoroso pai (Raymond Massey). O temperamento de Dean, um astro em ascensão, admirador do talento e do método de interpretação de Marlon Brando, criou algumas tensões durante as filmagens. Tensões que foram, em parte, provocadas pelo próprio Kazan, que as utilizou para criar o clima que ele queria imprimir na relação familiar dos Trask. Nasceu aqui o fenômeno James Dean, que se firmaria em Juventude Transviada e Assim Caminha a Humanidade, filmes que fez na sequência. O mito em torno dele se consolidaria quando ele veio a falecer em grave acidente de carro, aos 24 anos de idade. Vidas Amargas foi indicado a quatro Oscar: direção, ator, roteiro e atriz coadjuvante. Ganhou apenas um, o de Jo Van Fleet, por seu desempenho estupendo no papel de Kate Trask, mãe dos irmãos.

VIDAS AMARGAS (East of Eden – EUA 1955). Direção: Elia Kazan. Elenco: James Dean, Julie Harris, Raymond Massey, Burt Ives, Richard Davalos, Jo Van Fleet, Albert Dekker, Lois Smith, Harold Gordon e Nick Dennis. Duração: 118 minutos. Distribuição: Warner.

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