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UMA VIDA DIFÍCIL

Não é fácil fazer uma boa comédia. Principalmente, se ela traz embutida uma forte crítica social. A coisa se complica mais ainda se, além disso tudo, ela tiver uma boa dose de melancolia. Nesse verdadeiro campo minado, os italianos são excepcionais e entre eles, o cineasta Dino Risi é um de seus maiores mestres. Risi é pouco conhecido. Afinal, ele tinha uma concorrência de peso, uma vez que é contemporâneo de Federico Fellini, Luchino Visconti e Michelangelo Antonioni, só para citar três dos maiores nomes do cinema italiano da época. Uma Vida Difícil, com roteiro escrito por Rodolfo Sonego, conta a história de Sílvio Magnozzi (Alberto Sordi). A trama começa no início dos anos 1950, quando ele, um ex-membro da Resistência Italiana durante a Segunda Guerra Mundial, tenta manter seus ideais políticos como articulista de um jornal de esquerda. Por conta de sua postura implacável, ele é preso e perde tudo que lhe é caro. Tempo depois, ele é libertado e agora defende outros princípios. Risi nos faz refletir sobre aquilo que acreditamos e os dilemas morais que enfrentamos por causa disso. Pela descrição parece até que se trata de um drama político-existencial. Muito pelo contrário. Uma Vida Difícil vai muito além e, através do riso, traz à tona esse debate nessa pequena obra-prima.  
UMA VIDA DIFÍCIL (Una Vita Difficile – Itália 1961). Direção: Dino Risi. Elenco: Alberto Sordi, Lea Massari, Franco Fabrizi, Claudio Gora, Antonio Centa e Mino Doro. Duração: 118 minutos. Distribuição: Versátil.

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