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UM GRITO DE LIBERDADE

“Setembro de 1977. Porto Elizabeth clima bom. Um negócio como de costume. Na sala 619 da polícia. Oh Biko, Biko, por que Biko. O homem está morto”. É assim que começa a canção da última faixa do terceiro disco de Peter Gabriel, composta em homenagem ao ativista negro sul africano Stephen Biko, morto pelo regime segregacionista do apartheid. O filme Um Grito de Liberdade, do cineasta britânico Richard Attenborough, realizado em 1987, se inspira no livro escrito por Donald Woods, jornalista amigo de Biko que desafiou o governo ao investigar a morte do ativista. Adaptado pelo roteirista John Briley, o filme de Attenborough se concentra na figura de Woods, vivido aqui por Kevin Kline. Ele trabalha como editor de um jornal da África do Sul, onde foi autor de uma série de editorais que criticam as posições de Biko, papel de Denzel Washington. As coisas mudam após os dois se conhecerem pessoalmente. Woods muda sua opinião em relação ao ativista e quando este é preso, passa a visitá-lo regularmente. Isso chama a atenção da polícia e tudo se complica após a morte de Biko, quando o jornalista decide escrever sobre a luta do amigo. Um Grito de Liberdade trata então do esforço de Woods e sua família para fugir do país e com isso publicar o livro. O diretor havia dirigido o premiado Gandhi cinco anos antes e recria aqui, com maestria, mais um momento intenso e, ao mesmo tempo, triste de nossa história.

UM GRITO DE LIBERDADE (Cry Freedom – Inglaterra 1987). Direção: Richard Attenborough. Elenco: Denzel Washington, Kevin Kline, Josette Simon, Penelope Wilton, Kate Hardie, Kevin McNally e Zakes Mokae. Duração: 157 minutos. Distribuição: Universal.

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