Wes Anderson nasceu em Houston, no Texas. Porém, seu estilo bem peculiar de contar histórias talvez não seja, digamos assim, tão texano. Ele estreou em 1994, com o curta Bottle Rocket. Dois anos depois, expandiu aquele curta em seu longa de estreia, Pura Adrenalina. Quando era aluno do curso de Filosofia ficou amigo do ator Owen Wilson e com ele escreveu os roteiros de seus três primeiros filmes. Os Excêntricos Tenenbaums, de 2001, foi o terceiro e este Três é Demais, de 1998, o segundo. Aqui teve início a parceria de Anderson com os atores Jason Schwartzman e Bill Murray, que se tornaram uma espécie de alterego do diretor ao longo dos filmes seguintes. A trama de Três é Demais acontece dentro do Colégio Rushmore, daí o título original. A locação do filme é o Colégio Saint John, onde Anderson fez seu ensino médio. Tudo gira em torno de Max Fisher (Schwartzman), um aluno dos mais “engajados” da escola, que se apaixona pela professora Cross (Olivia Williams). Ele fica amigo de Herman Blume (Murray), um magnata da cidade que promete ajudá-lo em seu projeto de construir um aquário. Porém, Max descobre um outro interesse de Herman e as coisas se complicam. Quem conhece a filmografia de Anderson talvez não reconheça suas características neste trabalho. Mas, tenha certeza, seu estilo inconfundível já se faz presente aqui, Latente ainda, é verdade, mas, já presente. E, como de costume, é muito engraçado em seu humor nada convencional.