Ator, dramaturgo e diretor de teatro, cinema e televisão, o carioca Domingos de Oliveira se formou em Engenharia, mas nunca exerceu a profissão. O Brasil perdeu um engenheiro, mas, em seu lugar, ganhou um cronista de olhar apurado e sensível. Seu primeiro longa, Todas as Mulheres do Mundo, parte de uma experiência real de relacionamento. No caso, a do casamento do próprio Domingos, que também escreveu o roteiro, com sua ex-mulher e atriz maior do filme, Leila Diniz. Aqui, acompanhamos a personagem de Paulo, vivido pelo ator Paulo José. Ele passa os dias a paquerar belas mulheres na zona sul do Rio de Janeiro. Até conhecer a professora Maria Alice, papel de Leila Diniz. A narrativa se estrutura em flashbacks resultantes de uma conversa entre Paulo e seu melhor amigo, Edu (Flávio Migliaccio). Retrato preciso da vida carioca na segunda metade dos anos 1960, Todas as Mulheres do Mundo é, em primeiro lugar, uma comédia de costumes sem igual na cinematografia brasileira. Isso já torna obrigatória uma conferida no filme. No entanto, existe um motivo ainda mais importante para justificar essa obrigatoriedade: Leila Diniz. Atriz de carisma incontestável e espírito livre, que morreu prematuramente em um acidente aéreo no ano de 1972.
TODAS AS MULHERES DO MUNDO (Brasil 1966). Direção: Domingos de Oliveira. Elenco: Leila Diniz, Paulo José, Flávio Migliaccio, Joana Fomm, Ivan de Albuquerque e Isabel Ribeiro. Duração: 86 minutos. Distribuição: Versátil.
TODAS AS MULHERES DO MUNDO (Brasil 1966). Direção: Domingos de Oliveira. Elenco: Leila Diniz, Paulo José, Flávio Migliaccio, Joana Fomm, Ivan de Albuquerque e Isabel Ribeiro. Duração: 86 minutos. Distribuição: Versátil.
Uma resposta
Concordo, trata-se aqui de um filme obrigatório. Ademais, a química entre Paulo José e Leila Diniz nos dà momentos inesquecíveis. Tudo funciona a favor do filme nas mãos sensíveis deste Domingos.