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TESTA-DE-FERRO POR ACASO

Um dos períodos mais tristes da recente história americana aconteceu ao longo dos anos 1950. A partir de uma ação do senador Joseph McCarthy, que tinha como objetivo “livrar” os Estados Unidos de qualquer possibilidade de se tornar um país comunista, foi criada a famigerada “lista negra”. Nela constavam os nomes de artistas das mais diversas áreas que seriam “simpatizantes” do Comunismo. Muitos filmes já se dedicaram a este assunto. Todos muitos bons e sérios na abordagem. Mas, pensando bem, a situação que foi imposta pelo macarthismo é tão absurda que chega até a ser engraçada. E foi justamente a partir deste ângulo que a comédia Testa-de-Ferro Por Acaso, escrita por Walter Bernstein e dirigida por Martin Ritt, lança um olhar inusitado sobre o tema. Na trama, Howard Prince (Woody Allen), é um caixa de restaurante que termina aceitando assinar os trabalhos de roteiristas que estão na lista negra acusados de atividades antiamericanas. Claro que ele termina sendo listado também e é chamado a depor perante o Comitê do Congresso. Testa-de-Ferro Por Acaso utiliza o humor para denunciar os abusos cometidos em nome da segurança nacional. Além disso, presta uma bela homenagem a muitos artistas que foram perseguidos no passado. Alguns deles participam como atores. E no final ainda nos oferece a melhor frase que poderia ser dita por alguém que se encontra em uma situação estapafúrdia como esta. Só esta frase já paga o filme.

TESTA-DE-FERRO POR ACASO (The Front – EUA 1976). Direção: Martin Ritt. Elenco: Woody Allen, Zero Mostel, Herschel Bernardi, Michael Murphy, Andrea Marcovicci, David Margulies, Josef Sommer, Norman Rose e Danny Aiello. Duração: 95 minutos. Distribuição: Continental.

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