Não era uma tarefa fácil. Recriar Jornada nas Estrelas, um ícone da cultura pop, conhecido e adorado há mais de 40 anos. O universo de Star Trek se expandiu em seis séries de TV e dez filmes para cinema. Quando J.J. Abrams, criador de Alias, Lost e Fringe, foi convidado pela Paramount para revitalizar a criação maior de Gene Roddenberry, ele tinha uma missão aparentemente impossível pela frente. Abrams, que não sabia nada de Star Trek, chamou seus parceiros roteiristas, Roberto Orci e Alex Kurtzman, trekkers assumidos, para escreverem o roteiro, e juntos realizaram um filme que possui uma qualidade importante para qualquer obra de arte: a de dialogar bem com diferentes públicos. A história utiliza um recurso que sempre foi muito caro aos melhores episódios e filmes da série, a viagem no tempo, e, a partir daí, recomeça tudo. Do zero. Quem for trekker, ao assistir ao filme perceberá inúmeras referências ao material já conhecido, porém, e isso é bem interessante, quem não souber nada de Star Trek irá se divertir do mesmo jeito. As citações e piadas, apesar de feitas para “iniciados”, estão bem colocadas na trama e funcionam sem que haja a necessidade de conhecimento prévio. Todos os novos intérpretes dos eternos Kirk, Spock, McCoy, Uhura, Sulu, Chekov e Scott estão perfeitos. Outro ponto alto é o visual. Moderno e retrô ao mesmo tempo. Os efeitos especiais cumprem seu papel e não atrapalham e nem roubam a cena do que é o mais importante em qualquer história, as personagens. Todas elas muito bem construídas e com participação ativa durante toda a trama, o que costuma ser difícil em filmes com muitos atores. Só me resta então dizer: vida longa e próspera!
STAR TREK (Star Trek – EUA 2009). Direção: J.J. Abrams. Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Leonard Nimoy, Eric Bana, Bruce Greenwood, Karl Urban, Zoe Saldana, Simon Pegg, John Cho e Anton Yelchin. Duração: 126 minutos. Distribuição: Paramount.
Respostas de 3
Realmente uma obra admirável. JJ limpou seu nome – que estava maculado por MI3. Se a série nunca tivesse acontecido, o filme teria até um peso maior na questão modernidade e originalidade. Preço pequeno, bancado pela liberdade estética e narrativa. Palma da mão aberta e que os cinco dedos pareçam três!
Também gostei desse filme. Espero ansioso, os dois próximos. Quem sabe não surja uma nova série, para conquistar novos fãs? =]
Eu tbém gostei do filme, Star Trek, dos jovens atores, da forma como é apresentada a história, nem precisa ser uma treker para acompanhar o enredo. Boa a sua finalização com: Vida Longa e Própera!…