Misturar esporte com romance não parece ser a melhor das combinações. Isso não significa que não possam existir bons filmes que explorem essa mistura. Sorte no Amor, longa de estreia do roteirista Ron Shelton é uma exceção. O esporte aqui mostrado é o beisebol e o romance acontece a partir de um triângulo amoroso formado por Kevin Costner, Susan Sarandon e Tim Robbins. O primeiro é um veterano problemático que ganha uma segunda chance. A segunda ama o esporte e sempre se envolve sexualmente com a “promessa” do time, já que ela acredita trazer sorte. O terceiro é a promessa. Shelton conhece bem o terreno onde pisa. Ele consegue transmitir as regras e a empolgação de um jogo de beisebol sem nunca perder de vista o “clima” do outro jogo, o amoroso, que se estabelece entre os três atores. O roteiro, também de Shelton, é muito bem escrito e tem diálogos precisos e muito engraçados. O elenco principal está inteiramente à vontade, tão à vontade que foi durante as filmagens que o casal Susan Sarandon/Tim Robbins iniciou um romance de verdade. Resumindo: no amor, assim como no beisebol, às vezes se ganha, às vezes se perde, às vezes chove.
SORTE NO AMOR (Bull Durham – EUA 1988). Direção: Ron Shelton. Elenco: Kevin Costner, Susan Sarandon, Tim Robbins, Trey Wilson, Robert Wuhl e Jenny Robertson. Duração: 107 minutos. Distribuição: Fox.
Respostas de 2
Divertido filme; eu e minha filha adoramos. É leve, descontraído – e a sua lista vai ganhando mais um aplauso, prezado Marden.
Tenha um ótimo domingo e muita disposição para escrever sobre filmes em dvd inesquecíveis, porque eu levarei as duas dicas lá para o Na Mira; são confiáveis e não contam sobre o “finaldo filme”, em desmancha prazer insuportável.
Esse é o primeiro filme da “Trilogia do Beisebol com Kevin Costner” – seguido de “Campo dos Sonhos” e “Por Amor” (não incluo “A Outra Face da Raiva” por se distanciar do tema enquanto metáfora da vida).