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SOMBRAS

De uma maneira bem simples, o que seria um filme independente? Qualquer um realizado fora dos grandes estúdios. Ou seja, fora de Hollywood, em se tratando de cinema americano. Ao longo do tempo, esta resposta passou por algumas alterações, uma vez que todos os estúdios montaram estruturas para a produção independente, mais associadas a filmes de baixo orçamento, e, por conta disso, com menor ou nenhuma interferência do estúdio. O ator, diretor e roteirista John Cassavetes é considerado o “pai do cinema independente” feito nos Estados Unidos. Em 1959, ele escreveu e dirigiu o seu primeiro longa, Sombras, que é o marco zero desse tipo de produção. A ideia surgiu durante as aulas de atuação que Cassavetes ministrava. A trama gira em torno de um romance interracial que acontece no mundo do Jazz, em Nova York. A palavra que bem resume esta obra é “improvisação”. Esta foi a intenção do diretor, que levantou o dinheiro para realizar seu filme junto a amigos e parentes. É curioso perceber que muitas das propostas estético-narrativas de Cassavetes coincidem com o que estava sendo feito na mesma época, e sem conexão alguma, pelos cineastas da Nouvelle Vague francesa. Sombras é um filme urgente, marcante e original. Assim como todo o cinema Cassavetes faria no futuro.

SOMBRAS (Shadows – EUA 1959). Direção: John Cassavetes. Elenco: Ben Carruthers, Lelia Goldoni, Hugh Hurd, Anthony Ray, Dennis Sallas e Tom Reese. Duração: 81 minutos. Distribuição: Versátil.

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