Em 1947, o quarentão Cary Grant era um dos maiores galãs do cinema, ao mesmo tempo em que primava pela versatilidade nos papéis que interpreta. Fossem eles em aventuras, dramas, comédias ou suspenses. Não por acaso, certa vez quando um repórter lhe disse que todo mundo gostaria de ser Cary Grant, ele respondeu simplesmente: “eu também”. Muito do carisma do ator se faz presente em Solteirão Cobiçado, dirigido por Irving Reis. Com roteiro original de Sidney Sheldon, que ganhou o Oscar da categoria por este trabalho, o filme é uma comédia romântica, digamos assim, amalucada. Grant é Richard Nugent, um artista playboy. Em seu caminho surge a apaixonada adolescente Susan Turner (Shirley Temple). As coisas se complicam quando a irmã mais velha dela, a juíza Margaret Turner (Myrna Loy) descobre a paixão da caçula. E tudo se complica ainda mais quando Susan é vista no apartamento de Richard. Isso leva a situação por caminhos insuspeitos e bastante engraçados. Solteirão Cobiçado tem um humor leve e criativo ao mesmo tempo. Além disso, o elenco e o roteiro certeiros fazem com que a narrativa nos envolva por inteiro.
SOLTEIRÃO COBIÇADO (The Bachelor and the Bobby-Soxer – EUA 1947). Direção: Irving Reis. Elenco: Cary Grant, Myrna Loy, Shirley Temple, Rudy Vallee, Ray Collins, Harry Davenport e Johnny Sands. Duração: 95 minutos. Distribuição: Obras-Primas do Cinema.
