Em 50 anos de carreira, o diretor canadense Norman Jewison construiu uma sólida e diversificada filmografia. Rollerball: Os Gladiadores do Futuro, de 1975, é apenas mais um exemplo dentre os mais de 40 trabalhos que dirigiu. O roteiro de William Harrison, adaptado de seu próprio conto Roller Ball Murder, nos leva a um futuro onde não existem mais países, apenas corporações. Nesse novo contexto, também não há guerras, no lugar delas, temos um violento jogo criado para aliviar as tensões das pessoas. Esse jogo que dá título ao filme serve também para destacar a futilidade do indivíduo em detrimento do coletivo. No entanto, um jogador, Jonathan E (James Caan), se sobressai e desafia as regras impostas pela corporação. Isso faz com que ele se torne uma ameaça à estrutura existente. Jewison, visivelmente influenciado por Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, nos apresenta uma visão de futuro que se sustenta pelo bom uso da direção de arte. A acertada escolha de cenários, figurinos e objetos de cena nos dão essa sensação. Em tempo: o diretor John McTiernan dirigiu, em 2002, uma nova versão da mesma história.
ROLLERBALL: OS GLADIADORES DO FUTURO (Rollerball – EUA 1975). Direção: Norman Jewison. Elenco: James Caan, John Houseman, Maud Adams, John Beck, Moses Gunn, Shane Rimmer, Barbara Trentham e Ralph Richardson. Duração: 125 minutos. Distribuição: MGM/Fox.
