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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

RIFIFI

Apesar do nome soar francês, o cineasta Jules Dassin nasceu nos Estados Unidos, filho de imigrantes russos. Inicialmente, queria ser ator. Mas, percebeu logo cedo que não atuava tão bem assim e migrou para a direção. Antes de estrear como diretor de longas, em 1942, teve o melhor dos professores: foi aprendiz de Alfred Hitchcock. Quando jovem, filiou-se ao Partido Comunista, de onde saiu pouco tempo depois. Porém, isso foi suficiente para que ele entrasse para a lista negra do machartismo. Sem conseguir trabalho em seu país, ele se mudou para a França em 1953 e Rififi, realizado dois anos depois, é seu filme de estreia no exílio. Com roteiro de Dassin, junto com Auguste de Breton, autor do romance original, o filme é considerado um dos maiores policiais da história. Talvez pelo título, que significa confusão, ou pelo fato de ser um filme francês, Rififi deixou de receber, por um bom período, o reconhecimento que merecia. Em essência, trata-se de um filme de assalto. Tony (Jean Servais) libera uma gangue de Paris que planeja roubar uma joalheira. Até aí, tudo bem. O plano é elaborado e bem executado. Os problemas surgem na hora de dividir as joias. Dassin conduz sua narrativa de maneira seca, direta e se dá ao luxo de uma sequencia tensa de mais de meia hora de duração sem trilha sonora e sem diálogos. Tudo espetacularmente filmado em preto e branco. Se você ainda não viu Rififi, está esperando o que?

RIFIFI (Du Rififi Chez les Hommes – França 1955). Direção: Jules Dassin. Elenco: Jean Servais, Carl Mohner, Robert Manuel, Jules Dassin, Marie Saboured e Magali Noël. Duração: 118 minutos. Distribuição: Versátil.

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