33 anos depois de Alien: O 8º Passageiro e 15 após Alien: A Ressurreição, temos o primeiro e quarto filme da franquia do xenomorfo, respectivamente. Em 2012, Ridley Scott, que havia dirigido a obra que deu origem a tudo assume a direção de Prometheus, que aborda eventos ocorridos cerca de 30 anos antes do filme inicial. No prólogo somos apresentados aos engenheiros, responsáveis pelo surgimento da raça humana. Na sequência vemos a nave do título chegar a um planeta que aparece em pinturas rupestres da Terra. A expedição conta com o suporte financeiro do magnata Peter Weyland (Guy Pearce) e é conduzida pelo casal Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green). Dentro da nave eles encontram a diretora Meredith Vickers (Charlize Theron), o robô David (Michael Fassbender) e o capitão Janek (Idris Elba). Histórias que antecedem outras já conhecidas costumam funcionar como verdadeiros campos minados. Não é diferente em Prometheus. A mitologia estabelecida pela franquia, especialmente nos dois primeiros filmes, elevou a expectativa a índices altíssimos e quando isso ocorre é muito difícil, para não dizer impossível, atender ao que se espera de um filme que pretende relatar o que teria acontecido antes. A frustração provocada na maior parte dos fãs gerou até um trocadilho infame à la Mussum: “prometeus, mas não cumprius”. Apesar disso, o retorno nas bilheterias foi satisfatório e rendeu a continuação, Alien: Covenant, lançada em 2017. Em tempo: a cena da autocirurgia que Elizabeth faz é impactante e há uma bela referência ao clássico Lawrence da Arábia, de David Lean.
PROMETHEUS (Inglaterra/EUA 2012). Direção: Ridley Scott. Elenco: Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron, Idris Elba, Sean Harris, Logan Marshall-Green, Benedict Wong, Rafe Spall, John Lebar e Guy Pearce. Duração: 124 minutos. Distribuição: Disney+.
