O americano Mel Brooks começou sua carreira no cinema, em 1949, como roteirista. 13 anos depois passou também a atuar e, a partir de 1967, começou a dirigir. Primavera Para Hitler foi sua estreia na direção de longas. O roteiro, de sua autoria, ganhou o Oscar de melhor roteiro original e conta, realmente, uma história bem original e engraçada. Tudo gira em torno de Max Bialystock (Zero Mostel), um produtor teatral que passa por uma fase difícil. Para financiar os musicais que produz, ele se envolve com mulheres idosas que lhe ajudam com dinheiro. Porém, quando conhece o contador Leo Bloom (Gene Wilder), ele descobre uma maneira de fazer fortuna: montar um fracasso total de público e crítica. Para tanto, ele precisa encontrar o pior texto já escrito e contratar um diretor bem ruim para que seu plano funcione. Se o show fracassar ele não dará lucro, consequentemente, Bialystock não terá que pagar pelo que foi investido. Só que as coisas nem sempre acontecem como planejado. Primavera Para Hitler é aquele tipo de comédia que te faz rir durante o tempo de projeção. E depois que o filme acaba também. Em 2001, exatos 34 anos depois, Os Produtores, tradução literal do título original, virou um musical de grande sucesso no Broadway. E em 2005, foi novamente transportado para o cinema, tendo no elenco principal Nathan Lane e Matthew Broderick, respectivamente, Max e Leo, reprisando os mesmos papéis que tiveram no teatro. Em tempo: o título nacional é na verdade o nome do musical dentro do musical.

PRIMAVERA PARA HITLER (The Producers – EUA 1967). Direção: Mel Brooks. Elenco: Zero Mostel, Gene Wilder, Kenneth Mars, Lee Meredith, Christopher Hewett, Andreas Voutsinas, Renée Taylor, Bill Hickey e Barney Martin. Duração: 88 minutos. Distribuição: Universal.