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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

POST MORTEM

Segundo filme da chamada “Trilogia da Ditadura Chilena”, Post Mortem, dirigido por Pablo Larraín em 2010, apesar de abordar um período cinco anos antes dos eventos de Tony Manero, que abre a trilogia, é bem mais explícito ao mostrar a violência do regime ditatorial de Augusto Pinochet, aqui em seus dias iniciais. O roteiro, escrito pelo próprio diretor junto com Mateo Iribarren, seu colaborador habitual, se passa em agosto e setembro de 1973. Somos apresentados a Mario (Alfredo Castro), que trabalha em um necrotério e vive sozinho em sua casa, de onde observa sua vizinha Nancy (Antonia Zegers), uma dançarina de cabaré por quem é apaixonado. Tudo muda a partir do 11 de setembro daquele ano, dia do golpe militar no Chile. Nancy some misteriosamente e Mario busca por alguma pista de seu paradeiro. Mais uma vez Larraín faz uma excepcional reconstituição de época e tem, além disso, um roteiro e um elenco primorosos. Alfredo Castro, diferente do Raúl de Tony Manero, constrói Mario de maneira mais introspectiva e com seu silêncio transmite plenamente todas as angústias e frustrações que a personagem carrega dentro de si. Dois anos depois o diretor encerraria a trinca de filmes sobre o período da ditadura em seu país com No.

POST MORTEM (Chile 2010). Direção: Pablo Larraín. Elenco: Alfredo Castro, Antonia Zegers, Jaime Vadell, Amparo Noguera, Marcelo Alonso e Marcial Tagle. Duração: 98 minutos. Distribuição: Network/Kino Lorber.

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