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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

PENDULAR

A carioca Júlia Murat respira cinema desde que nasceu. Filha da diretora Lúcia Murat, desde cedo ela acompanhava a mãe no trabalho e aos 20 anos estagiou como assistente de direção de Ruy Guerra, em Estorvo. A estreia profissional veio em 2001, quando escreveu, produziu e dirigiu seu primeiro curta, A Velha, o Canto, as Fotos. Depois realizou outros três curtas, entre eles Pendular, em 2009, que virou seu segundo longa, oito anos depois. O roteiro do filme, escrito por Murat junto com Matias Mariani, conta a história de um casal de artistas. Ela (Raquel Karro) é dançarina, ele (Rodrigo Bolzan) é artista plástico, e moram em um amplo galpão. O espaço é dividido com fita crepe para que cada um possa exercitar sua arte. Mas nem sempre as coisas acontecem como planejado. O próprio título já adianta a pendularidade da vida. É isso o que vemos na relação dessa mulher e desse homem. Aquela linha traçada no chão deveria funcionar como um delimitador. Mas, como bem sabemos, nem a arte e muito menos a vida costumam obedecer a limites pré-estabelecidos. E a utilização da canção Love Will Tear Us Apart, do Joy Division, em uma intensa cena de dança próximo ao final do filme, resume isso à perfeição.

PENDULAR (Brasil 2017). Direção: Júlia Murat. Elenco: Raquel Karro, Rodrigo Bolzan, Neto Machado, Márcio Vito, Felipe Rocha e Larissa Siqueira. Duração: 108 minutos. Distribuição: Vitrine Filmes/MUBI.

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