Quando se fala em cinema japonês, o primeiro nome que costumamos associar é o de Akira Kurosawa. Antes dele, um outro mestre se fez notar: Yasujiro Ozu. Curiosamente, Kurosawa não era tão apreciado no Japão por ser considerado “ocidental” demais. Com Ozu aconteceu o inverso no ocidente. Ele era considerado “japonês” demais. Seu estilo, porém, é único. Ozu iniciou sua carreira na segunda metade dos anos 1920. Gostava de filmar com a câmara baixa e muitas vezes parada. Tinha como tema recorrente as relações familiares. Pai e Filha conta a história de Noriko (Setsuko Hara), uma jovem de 27 anos, solteira, que ainda mora com a família. A pressão é grande para que ela se case, mas, ela prefere cuidar do seu pai (Chishû Ryû). Parece simples. Porém, quem disse que a simplesmente é fácil? Isso faz toda a diferença. O cinema de Ozu é assim: poético, intimista, humano e simples. Como costumam ser as boas coisas da vida.
Respostas de 2
Ozu é um Mestre. Só mesmo um coração de pedra não se emociona com a sua obra.
A história parece simples, mas nada boba. Como você disse, a trama é universal. Eu assisti, mas, já não lembro o final… também não iria contar aqui, né??