Após o sucesso da ficção-científica Capricórnio Um e do drama romântico de guerra Amor em Chamas, o roteirista e diretor americano Peter Hyams nos traz uma espécie de faroeste espacial. Trata-se de Outland: Comando Titânio, que se inspira claramente no western clássico Matar ou Morrer, dirigido em 1952 por Fred Zinnemann. Inclusive com a utilização de relógios para marcar a passagem do tempo. Na verdade, a intenção original do diretor era situar a trama no Velho Oeste. Porém, por causa do impacto de Alien – O 8º Passageiro, lançado dois anos antes, fez ele mudar de ideia e transpor a ação para uma estação espacial em uma das luas do planeta Júpiter. Tudo gira em torno do delegado William O’Niel (Sean Connery), que investiga mortes misteriosas de mineradores e descobre algo estarrecedor. Marcado para morrer por seus inimigos ele agora precisa sozinho enfrentar aquela situação. Hyams nos situa naquele ambiente com perfeição quase didática e encontra em Connery o ator certo para transmitir a integridade e persistência de um verdadeiro homem da lei. O clima tenso vai se elevando num crescendo até o impactante acerto de contas final. Outland é uma pequena joia da ficção-científica que merece ser resgatado e apreciado pelas novas gerações.
OUTLAND: COMANDO TITÂNIO (Outland – EUA 1981). Direção: Peter Hyams. Elenco: Sean Connery, Peter Boyle, Frances Sternhagen, James Sikking, Kika Markham, Clarke Peters, Steven Berkoff e John Ratzenberger. Duração: 109 minutos. Distribuição: Warner.
