Na história do cinema existem pouquíssimos diretores que são sinônimos de grandes espetáculos. Durante cerca de três décadas, um nome reinou absoluto em Hollywood nesta restrita seara: Cecil B. DeMille. Muitos exemplos de sua filmografia poderiam ser listados. Porém, o mais destacado é, sem dúvida alguma, a segunda versão que ele dirigiu, em 1956, de Os Dez Mandamentos. A primeira versão, muda e em preto e branco, ele havia dirigido em 1923. DeMille realizou 80 produções ao longo de sua carreira e conseguiu transformar seu nome em chamariz para os filmes que dirigia. Em Os Dez Mandamentos, inspirado no livro bíblico do Êxodo, acompanhamos a história de Moisés, vivido por Charlton Heston, desde o seu nascimento até o momento em que ele recebe as tábuas com as Leis de Deus. São quatro horas de filme que, acreditem, não sentimos passar. DeMille tem um senso de espetáculo realmente fabuloso e apurado. Apesar de conduzir um grande show de luzes, cores e efeitos, nunca perde o foco em suas personagens. Os Dez Mandamentos foi seu último trabalho como produtor e diretor. Ele veio a falecer três anos depois do lançamento. Mesmo hoje, com toda a tecnologia disponível, este filme continua impressionante. A seqüência em que Moisés divide o Mar Vermelho em dois, abrindo o caminho para a passagem dos judeus que partem do Egito, continua impactante. Uma curiosidade: a edição especial em DVD contém as duas versões dirigidas por DeMille.
Uma resposta
É um grande espetáculo, não há dúvida. Talvez um “Avatar” da década de 1950.