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ORLANDO: A MULHER IMORTAL

A britânica Sally Potter decidiu ainda adolescente que seria uma cineasta. Com esse objetivo em mente dirigiu seu primeiro curta em 1969, quando tinha 20 anos. A estreia em longas ocorreu em 1988, com um documentário. Quatro anos depois veio o lançamento de seu primeiro longa de ficção, Orlando: A Mulher Imortal, com roteiro adaptado pela diretora a partir da obra homônima de Virginia Woolf. Acompanhamos aqui o nobre Orlando (Tilda Swinton), que é condenado pela Rainha Elizabeth I (Quentin Crisp) a permanecer eternamente jovem. Essa maldição faz com que a personagem atravesse os séculos e experimente vidas, sentimentos os mais diversos, além de mudanças de gênero. Potter e Swinton desenvolveram esse projeto por quase cinco anos e é visível o carinho de ambas por esse filme. É consenso que devemos aprender com nossas experiências. Sejam elas boas ou ruins. A vivência de Orlando ao longo dos séculos retrata isso magnificamente. Ainda mais graças ao excepcional talento de Tilda Swinton no papel-título. A diretora também aborda questões relativas à orientação sexual de maneira ao mesmo tempo ousada e delicada, caprichando sobremaneira nos figurinos e na direção de arte. Em tempo: A obra foi publicada em 1928, ano em que a história termina no livro. Já o filme vai até 1992, ano de sua produção.

ORLANDO: A MULHER IMORTAL (Orlando – Inglaterra 1992). Direção: Sally Potter. Elenco: Tilda Swinton, Billy Zane, Toby Jones, Quentin Crisp, Charlotte Valandrey, Toby Stephens, Lothaire Bluteau e Jimmy Somerville. Duração: 94 minutos. Distribuição: Sony.

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