Depois de 13 Assassinos, de 1963, e O Grande Atentado, de 1964, Eiichi Kudo encerra sua Trilogia da Revolução Samurai, em 1967, com Onze Samurais. Os três estão disponíveis nos boxes da série Cinema Samurai, lançados pela Versátil. O curioso dessa trilogia é que ele contam, essencialmente, a mesma história. Isso não quer dizer, muito pelo contrário, que eles não funcionem perfeitamente. No roteiro escrito por Takeo Kunihiro, Noribumi Suzuki e Kei Tasaka, tudo começa quando o Lorde do clã Oshi é morto pelo Lorde Nariatsu, seu cruel vizinho. A culpa recai sobre o próprio clã Oshi e caberá aos seus melhores samurais, 11 no total, buscarem vingança. Algo bem interessante nessa trinca de filmes é a maneira como Kudo mistura ação e política. Ainda que esse tipo de mistura seja uma característica de boa parte dos filmes realizados ao longo dos anos 1960 e 1970, o diretor consegue nos levar por uma narrativa aparentemente simples e previsível. Porém, e aí se encontra o grande diferencial, Kudo fecha suas tramas de uma maneira tão belissimamente composta e coreografada que fica impossível não nos envolvermos.
ONZE SAMURAIS (Juinichin No Samurai – Japão 1967). Direção: Eiichi Kudo. Elenco: Isao Natsuyagi, Kotaro Satomi, Koji Nanbara, Junko Miyazono e Kantaro Suga. Duração: 100 minutos. Distribuição: Versátil.