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O TESOURO DE SIERRA MADRE

John Huston tinha estreado como diretor de longas em 1941, com o clássico Relíquia Macabra (ou Falcão Maltês, dependendo da tradução). Depois disso, realizou alguns documentários e somente em 1948 retomou a direção de filmes de ficção com este O Tesouro de Sierra Madre. Baseado no livro de Berwick Traven, adaptado pelo próprio Huston, a trama tem a “cobiça” como palavra-chave. Tudo gira em torno de uma caça ao tesouro. No entanto, isso é apenas o que aparece mais obviamente. Ao longo do filme, percebemos que estamos diante de um grande conflito que se estabelece entre três amigos. No início, há muita camaradagem entre eles. Aos poucos, valores morais começam a ser discutidos e as coisas tomam um rumo completamente diferente e imprevisível. Dobbs (Humphrey Bogart), Howard (Walter Huston, pai do diretor) e Curtin (Tim Holt) vivem o trio de exploradores e é em torno deles que se instala a avareza, a desconfiança, a cobiça. Huston conduz seu filme como um veterano, apesar de ainda estar praticamente em início de carreira. Sua direção e seu roteiro são precisos, seguros e carregados de um fina ironia somente vista nos trabalhos de grandes mestres da narrativa. Não foi por acaso que ele ganhou os Oscar nestas duas categorias. O outro prêmio que o filme levou foi o de melhor ator coadjuvante, para Walter Huston. Pai e filho premiados na mesma cerimônia. Um caso único na história do Oscar.

O TESOURO DE SIERRA MADRE (The Treasure of Sierra Madre – EUA 1948). Direção: John Huston. Elenco: Humphrey Bogart, Walter Huston, Tim Holt, Bruce Bennett, Barton MacLane, Alfonso Bedoya, Arturo Soto Rangel, Manuel Donde, Jacqueline Dalya, Margarito Luna, Harry Vejar e Ann Sheridan. Duração: 126 minutos. Distribuição: Warner.

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