“Foi uma varrida completa”, disse Steven Spielberg, na noite do Oscar 2004, quando entregou a estatueta de melhor diretor para Peter Jackson. O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, terceira parte da trilogia baseada na obra de J.R.R. Tolkien, ganhou as onze categorias a que concorreu. A vitória do filme coroou um trabalho de sete anos, iniciado em 1997 e concluído no final de 2003. As partes três costumam ser as mais complicadas. Exemplos de fracassos existem muitos. O Retorno do Rei é uma das poucas exceções. A saga de Frodo (Elijah Wood) e seus amigos para destruir o Um Anel, que começou em A Sociedade do Anel (2001) e continuou em As Duas Torres (2002), tem aqui sua conclusão. Peter Jackson fecha todas as pontas e entrega uma obra coesa e empolgante. Aragorn (Viggo Mortensen) assume sua herança real e, de maneira estratégica, luta contra o inimigo maior, Sauron, para permitir que Frodo tenha o tempo necessário para cumprir sua missão. Jackson presta uma bela homenagem ao ator Andy Sirkis, responsável por “representar” a figura digital de Gollum. Ele abre o filme com um prólogo que conta a origem da personagem. Tudo em O Retorno do Rei é grandioso e o resultado final é extremamente satisfatório. Uma dica: caso seja possível, tente ver a versão estendida, que tem 50 minutos a mais que a versão que foi apresentada nos cinemas.