Antes de tudo, é melhor avisar: não espere verossimilhança em O Procurado. Este filme, dirigido pelo russo Timur Bekmambetov, está em uma categoria especial de filmes que desafiam a física e a lógica. Isso pouco importa. O que vale mesmo é a maneira como a história é contada. É aí que está a diferença. Bekmambetov é dono de um apuro visual inquestionável. Ele já tinha demonstrado esse talento em uma série de filmes de terror que havia dirigido antes. Com O Procurado, inspirado em uma história-em-quadrinhos de Mark Millar e J.G. Jones, ele chega perto da perfeição. A trama gira em torno de uma confraria milenar de assassinos que segue um lema bem simples: matar um para salvar mil. Uma máquina de tear funciona como juiz do destino desses “escolhidos” e uma elite de matadores extremamente bem treinados dão conta de executar o serviço. Wesley Gibson, personagem de James McAvoy, é possuidor de todos os requisitos necessários para o trabalho da confraria e recebe o treinamento adequado para aprimorar seus talentos naturais. Como eu já disse no início, não espere encontrar plausibilidade. O Procurado é como se diz “um filme sem pé nem cabeça”. Mas, a história é muito bem contada e a “embalagem” é das melhores. Embarque nessa viagem e boa diversão.