Na maioria das vezes, o cinema retrata os advogados como pessoas idealistas, glamourosas, agressivas ou manipuladoras. Não é comum filmes que mostram advogados de porta de cadeia. O Poder e a Lei, segundo longa dirigido por Brad Furman, é uma exceção. Com roteiro de John Romano, baseado no livro de Michael Connelly, acompanhamos aqui a rotina de Michael Haller (Matthew McConaughey). De dentro de seu Lincoln (daí o título original, que poderia ser traduzido como “o advogado do Lincoln”), ele percorre a cidade em busca de casos de fácil resolução. Haller atende, basicamente, motoqueiros, prostitutas e traficantes. Até o dia em que é contratado para defender Louis Roulet (Ryan Phillippe), um jovem playboy acusado de agressão e tentativa de estupro. Mas, o que parecia ser simples e rápido, se transforma em algo bem mais complexo. E que revela muito do caráter de Haller. Uma personagem aparentemente ambígua e amoral. E McConaughey é convincente em todos os momentos. Ele, que interpretou papéis sérios no início da carreira, depois, caiu na vala comum dos galãs e ficou preso por um tempo em filmes de pouca expressão. Hoje, recebe elogios ao seu trabalho como ator. Principalmente, depois de ter ganho um Oscar. Muitos acreditam que Clube de Compras Dallas foi o grande divisor de águas em sua filmografia. Ledo engano. Na verdade, foi com este O Poder e a Lei que ele voltou a ser mais criterioso na escolha de seus filmes.
O PODER E A LEI (The Lincoln Lawyer – EUA 2011). Direção: Brad Furman. Elenco: Matthew McConaughey, Josh Lucas, Marisa Tomei, Ryan Phillippe, William H. Macy, John Leguizamo, Michael Peña, Frances Fisher e Bryan Cranston. Duração: 119 minutos. Distribuição: Swen Filmes.
Uma resposta
Matthew McConaughey é muito mais talentoso do que bonito, na minha opinião. adoro o que ele fez com a carreira. seria um desperdício se ele ficasse lá, fazendo bobagens do tipo Como Perder Um Homem Blá Blá Blá. esse filme está no pódio dos meus favoritos. a história nunca me cansa, já vi várias vezes. e adorei que você falou dele por aqui, Marden, e adorei que você citou essa mudança na carreira dele. algo legal de ser citado.