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O PERIGOSO ADEUS

O que você faria se um filme seu fizesse bastante sucesso? Muitos diretores, infelizmente, caem no caminho fácil da tentativa de repetir aquele sucesso. E, na maioria das vezes, se transformam em meros repetidores deles mesmos. Ainda bem que existem aqueles cineastas, com “C” maiúsculo, que preferem investir mais no legado que vão deixar e utilizam o prestígio adquirido para investir em obras mais ousadas. Este é o caso do americano Robert Altman. Em 1970, após o lançamento mais que bem sucedido de M.A.S.H., ele poderia ter feito uma sequência ou mesmo outra comédia de guerra. Não foi isso que ele fez. Muito pelo contrário. Altman dirigiu um faroeste, um suspense e este O Perigoso Adeus, um policial neo-noir. O roteiro de Leigh Brackett se baseia no romance O Longo Adeus, de Raymond Chandler e conta mais uma aventura do detetive particular Philip Marlowe, vivido aqui por Elliott Gould. Tudo começa quando depois que ele dá carona a um amigo. A esposa deste amigo é encontrada morta e Marlowe é preso como principal suspeito. Quando sai da prisão ele é contratado por uma mulher que procura pelo marido. Altman é um diretor essencialmente cinematográfico. O Perigoso Adeus coloca Marlowe em uma época diferente da sua original, porém, não o desfigura. Na verdade, Marlowe nunca esteve tão em sintonia com seu tempo.

O PERIGOSO ADEUS (The Long Goodbye – EUA 1973). Direção: Robert Altman. Elenco: Elliott Gould, Nina van Pallandt, Sterling Hayden, Mark Rydell, Henry Gibson, David Arkin e Jim Bouton. Duração: 112 minutos. Distribuição: Versátil/Obras Primas do Cinema.

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