O cineasta americano Wes Anderson tem um estilo bem peculiar de contar histórias. Outro fator curioso e também bastante peculiar é o humor que costuma imprimir em seus filmes. Anderson é texano e formado em Filosofia. Seu envolvimento com a sétima arte começou ainda na adolescência, assim como a amizade com os irmãos Luke e Owen Wilson. Ele é aquele tipo de diretor que gosta de trabalhar, sempre que possível, em parceria com os mesmos atores. Além dos Wilson, fazem partem do grupo Jason Schwartzman e Bill Murray. Em O Grande Hotel Budapeste, que Anderson escreveu e dirigiu em 2014, os atores recorrentes ganham a companhia de um elenco quilométrico. E, por mais paradoxal que possa parecer, existe aqui uma harmonia das mais perfeitas. A trama se desenvolve em três períodos temporais, sendo o principal deles os anos que separam as duas Guerras Mundiais. Os outros dois se alternam entre o presente e um passado não tão distante. O núcleo central é composto por Gustave (Ralph Fiennes), o mais famoso concierge do hotel, e a amizade que ele estabeleceu com o jovem Zero (Tony Revolori), o novo lobby boy. Sempre atencioso com os hóspedes, em especial, as mais idosas, Gustave termina por receber um valioso quadro de herança. Paralelamente, Anderson conta a história do hotel e revela detalhes sobre seu atual dono. Fazendo uso de diversas ferramentas narrativas, O Grande Hotel Budapeste é um filme primoroso nos seus cenários, e, na mesma medida, nos figurinos, na trilha sonora, na fotografia e na montagem. Uma obra que exige atenção e desprendimento do espectador. O resultado final é, para dizer o mínimo, encantador.
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE (The Grand Budapest Hotel – EUA 2014). Direção: Wes Anderson. Elenco: Ralph Fiennes, F. Murray Abraham, Mathieu Amalric, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Harvey Keitel, Jude Law, Bill Murray, Edward Norton, Saoirse Ronan, Jason Schwartzman, Léa Seydoux, Tilda Swinton, Tom Wilkinson, Owen Wilson e Tony Revolori. Duração: 100 minutos. Distribuição: Fox.
Respostas de 3
Extraordinário. Simples assim: EXTRAORDINÁRIO!
Eu tenho vontade de assistir a esse filme desde que vi o trailer, quando ele foi lançado. Me pareceu tão agitado e colorido. Uma análise super primária, claro, mas que me deixou curiosa.
E a história do Gustave com as idosas… Eu gargalhei. Só com o trailer, imagine. Definitivamente, tenho que assistir esse filme. Pra ontem.