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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

O CRIME É MEU

Em mais de 35 anos de carreira, o cineasta François Ozon se notabilizou por seus dramas ousados e intimistas. Mas também explorou outros gêneros, como a comédia, por exemplo, em 8 Mulheres, de 2002. Agora, duas décadas depois, com O Crime é Meu, ele experimenta a farsa nessa deliciosa comédia policial que se passa na Paris de 1930. O roteiro, do próprio Ozon, adapta a peça homônima escrita por Georges Berr e Louis Verneuil, em 1934. A ação gira em torno de Madeleine (Nadia Tereszkiewicz), uma jovem e pobre atriz que divide apartamento com Pauline (Rebecca Marder), uma advogada desempregada. A primeira é acusada de ter matado um famoso produtor e a segunda a defende no tribunal. Madeleine assume a autoria do crime e isso transforma sua vida por completo. Até o dia em que a verdadeira culpada aparece e ameaça tudo o que ela conquistou. O Crime é Meu, apesar de contar uma história acontecida há quase um século, mantém seu olhar bem em nosso presente, uma vez que lida com questões midiáticas comuns nos dias de hoje. A opção do diretor pelo farsesco é mais do que acertada e garante além de boas risadas, boas reflexões. Em tempo: sem desmerecer a dupla central de atrizes, quando Isabelle Huppert entra em cena, no papel da veterana do cinema mudo Odette Chaumette, tudo fica iluminado e não sobra espaço para ninguém.

O CRIME É MEU (Mon Crime – França 2023). Direção: François Ozon. Elenco: Nadia Tereszkiewicz, Rebecca Marder, Isabelle Huppert, Dany Boon, Fabrice Luchini, André Dussollier, Édouard Sulpice e Félix Lefebvre. Duração: 103 minutos. Distribuição: Imovision.

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